Por Jornal Nacional


Alunos e professores da rede pública criam aplicativos para melhorar ensino

Alunos e professores da rede pública criam aplicativos para melhorar ensino

Nesta quarta-feira (31) foi a final de uma maratona de ideias. Alunos e professores da rede pública do Brasil criaram aplicativos para melhorar o ensino no país.

A tela pode ser pequena; a sala onde o encontro ocorre também. Mas as ideias que surgem saltam aos olhos: como o aplicativo de realidade aumentada criado por alunos da cidade mineira de Timóteo que transforma figuras de órgãos do corpo humano em desenhos de três dimensões.

“A tecnologia vem para revolucionar isso. Não é só uma folha de papel mais. É um celular que ele pega e vai utilizar de todas as formas possíveis, que ele possa realmente entender melhor cada matéria, retirar de tudo dessa matéria, que ele possa ter maior aproveitamento na escola”, conta o estudante Sávio Oliveira.

Nesta quarta-feira foi a grande final de uma maratona que durou seis meses: escolas públicas de todo o Brasil foram convidadas a desenvolver aplicativos de celular para melhorar a educação. Das quase 200 equipes inscritas, 31 foram premiadas com equipamentos e R$ 5 mil para seguir desenvolvendo o aplicativo.

“O objetivo da maratona é não fazê-los meros consumidores de tecnologia, mas alguém que cria usando tecnologia, alguém que produz conteúdo, alguém que é capaz de ajudar outro a aprender, usando tecnologia”, explica o chefe de Educação do Unicef Brasil, Ítalo Dutra.

Era preciso formar equipes com múltiplas habilidades - e muitas vezes driblar as limitações. O estudante Carlos Henrique Costa, de Nova Andradina, Mato Grosso do Sul, explica a preocupação que teve para criar o jogo de perguntas e respostas sobre história e ciências.

“Muitos lugares lá do interior do meu estado não têm acesso a uma internet muito rápida. Quando você carrega ele pela primeira vez, já tem essa vantagem, você não precisa estar dependendo da conexão com a internet para poder utilizar ele”, conta Carlos.

As invenções podem ser usadas nas lições, na sala de aula e também no aprendizado da vida.

Milene, de Belo Horizonte, ficava imaginando como era difícil a integração de alunos surdos numa escola tradicional e resolveu criar um sistema que ajuda a traduzir palavras escritas para a língua brasileira de sinais. No aplicativo, se aprende a falar ‘comida’ em libras. Para quem tem fome de conhecimento e solidariedade.

“O surdo vai deixar de se sentir mais isolado da sociedade, vai ter pessoas para se comunicar e o ouvinte se torna uma pessoa mais cidadã. A escola é exatamente o lugar para a gente começar isso. Vai ser uma integração muito linda”, diz a estudante Milene Teixeira.

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